terça-feira, 20 de outubro de 2009

O sorriso inocente! part. 2


Chegando em casa, meus pais começaram a me julgar, dizendo que eu tinha passado dos limites pegando uma criança na rua e levando para casa, sem saber de quem era, sem saber de onde veio, mas eu não estava nem ai, eu não podia deixá-la lá, eu não conseguia. Ignorando meus pais, subi para meu quarto e fui dar banho na criança, era uma menina linda, devia ter seus 5 anos.
Depois do banho, coloquei umas roupas de bebe que eram minhas, as quais minha mãe ainda guardava; coloquei a em minha cama e sentei ao seu lado e fiquei a admirando, tentando pensar porque fiz aquilo, tentando descobrir aquele sentimento que brotou em mim de repente, eu nunca havia sentido coisa igual, não sei se era pena... Não, não era pena é uma coisa que eu sempre tinha das pessoas, mas daquela pequena, eu não tinha pena, acho que era compaixão, uma coisa que eu nunca, nunca senti.
Já era dia quando acordei com o choro da criança, peguei a no colo e tentei acalmá-la e com meu jeito desajeitado de cuidar de criança, não tive muito sucesso, mas logo ela parou de chorar e ficou me olhando, pegou minha mão e sorriu aquele sorriso inocente e delicado.
Uma semana se passou e aquela criança mudou completamente minha vida, eu comecei a dar importância as coisas pequenas, aos sentimentos, a minha família, mas como aquele misterioso homem disse, seria tarde demais quando isso acontecesse.
Meus pais não falaram mais comigo e não olharam nem para a criança, me ignoraram totalmente, começaram a dizer que agora que arrumei uma criança, eu teria que criá-la e sustentá-la sem o dinheiro deles; meus amigos me abandonaram, as festas Vips nem me mandavam mais convites de graça, perdi minha popularidade, eu perdi tudo, eu estava vendo o que era ter nada, aquela criança tinha mudado minha vida, mas para pior e a única coisa que se passava em minha cabeça, era deixá-la onde a encontrei e voltar a ter meu mundo de luxuria.

continua...

O sorriso inocente!


Eu sempre fui uma garota que não sei importava com nada, apenas com dinheiro e boa vida. Eu não olhava ao meu redor, eu não via o mundo como eu deveria ver, eu apenas olhava a mim mesma em frente do espelho. As minhas preocupações eram banais, eu só me importava com roupa, cabelo, maquiagem e festas, o resto que se fudesse, eu só me preocupava comigo mesma. Ate minha família não me importava, ela só servia para me dar dinheiro e por mais que eu os desprezasse me amavam como nunca e acreditavam que eu mudaria; e eu ria na cara deles. Eu nunca, nunca acreditei que mudaria, eu pensava que nada seria capaz de mudar o meu jeito, mas um sorriso inocente e delicado mudou completamente o meu mundo de luxuria.
Andando na rua depois de uma festa, esperando meu motorista, avistei um homem na rua e logo fiquei com medo. Ele se aproximou de mim e disse “Um dia você ira dar valor a tudo o que tem, mas esse dia vai ser tarde demais”. E então ele saiu sem falar mais nada e me deixou completamente confusa.
Uma semana se passou e aquele ocorrido já havia sido esquecido e minha ignorância aumentava cada dia que passava.
Voltando da escola em uma quarta feira, uma chora muito forte começou; corri para debaixo de uma arvore e por lá fiquei, esperando meu amado motorista. Já ficando sem paciência de esperar o bendito, comecei a ouvir um choro baixinho, mas logo aumentou, olhei para o lado e vi uma criança sentada na calçada chorando aos berros. Não sei o que deu em mim, não me lembro o que senti naquele momento, só me lembro de largar minhas coisas e sair correndo na direção daquela criança. O peguei em meu colo e voltei para a árvore, olhei para aquele rosto pequeno e frágil, peguei suas mãos tremulas e o abracei forte. Alguns minutos depois meu amado motorista chegou e estranhou aquela maravilha em meus braços, eu apenas disse para ignorar e ir direto para casa e assim ele fez.

continua...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Amor distante.


Desejos, sonhos, esperança. Elementos que se unem para poder fazer tudo acontecer. Elementos que não pode faltar na vida de alguém.

Aquela garota sonhava com encontro do seu amor distante e a esperança sempre corria de seu sonho. Chegou a acreditar que sonhar, não servia para nada, era apenas falta de tempo.

Cada dia que passava aquele seu desejo aumentava e a sufocava e a esperança sempre fugindo e fugindo. Será que era possível tanto azar para uma pessoa? Era assim que pensava.

Deitada em sua cama, pensando no seu amor distante, nos seus sonhos e desejos, decidiu não desistir tão fácil e foi à luta, se precisasse ela iria confrontar sua inimiga esperança.

Um mês de passou e ela se via morrendo por dentro, ela insistia em fugir e nada fazia parar. Outra noite deitada em sua cama, cansada de pensar em algo para pode encontrar seu amor distante, desistiu de seu sonho e logo dormiu chorando. No seu sono profundo, teve um sonho estranho; sonhou que alguém dizia em seu ouvido para nunca, nunca desistir de seus sonhos, a esperança iria encontrá-la e dar forças para continuar, que apenas não tinha chegado sua hora. Acordou pensando no que a voz lhe dissera e ficou remoendo isto por vários dias e então quando cansou realmente de esperar, a garota se sentiu diferente, se sentiu forte e destemida, que podia dominar o mundo naquele milésimo de segundo, sentiu que podia voar, que podia sorrir, que podia acreditar e ela acreditou. Mais um mês se passou e lá estava a garota arrumando sua mala, contando o dinheiro e guardando sua guitarra para tocar para seu amor distante.

Então a garota foi ao encontro de seu amor e enfim foi feliz. Quando de noite foi dormir, sonhou novamente com a voz, mas ao contrario do ultimo sonho, o dono da voz aparecera e se surpreendeu ao ver que era Deus. Emocionada, a garota acordou sorrindo e com a esperança em seu coração e a fala de Deus em sua cabeça: Nunca, nunca desista de seus sonhos, nunca duvide que a esperança baterá em sua porta, nunca duvide de si mesma.

A garota olhou para seu amor não mais distante e abraçadas, dormiram em um sono profundo, acreditando que tudo, tudo pode acontecer, basta elas correrem atrás e nunca, nunca duvidarem de si mesmas.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Entre campos e mentiras!


Ah como eu odiava futebol! Para mim era uma coisa sem significado, sem sentido, sem necessidade; era apenas homens que corriam atrás de uma bola e às vezes, isso soava muito gay; mas alguém me fez mudar. Um dia, para agradar alguns amigos, fui a um jogo feminino que teve em minha cidade. Campo lotado, gritaria era o que se ouvia; pessoas xingando o time adversário, era como eu imaginei, tudo sem sentido algum. Me sentei e logo os dois times entraram e de repente, começou a ter sentido estar ali. O jogo começou e a gritaria aumentou e o sentido de estar ali me animava mais ainda; quando dei por mim já estava gritando “GOOL”. O jogo acabou e sai querendo ver mais, gritar mais, torcer e ver o meu “sentido” novamente. Uma semana se passou e nada de jogos em minha cidade, eu estava ficando desesperada, precisava ver algum jogo, precisava ver o meu “sentido”. De folga do trabalho, fui atrás do meu “sentido” e a encontrei. Que sorriso, que olhos, que corpo! Aquela mulher me deixava doida! Com um pouco de receio, cheguei perto daquela mulher; e quando me olhou, ah meu Deus, que olhar hipnotizante. Em dois minutos de conversa eu já estava totalmente entrega a ela, ao seu sorriso, sua voz, seu jeito de falar. Merda de horário! Infelizmente eu tinha que ir embora, será que o tempo não poderia ser bonzinho e parar apenas por algumas horas?!
Mas para minha surpresa, ela quis sair comigo e com medo de ser muito “fácil”, falei que não... Sim, eu sou burra! Para minha surpresa novamente, ela insistiu e eu me esqueci de tudo e aceitei. Dois dias depois, me deparei com todas as roupas do meu guarda-roupa em cima de minha cama; eu estava super ansiosa com aquele encontro, por dois motivos. 1º Eu nunca sai com uma mulher, 2º ELA ERA LINDA DEMAIS. Apressei-me e me arrumei, cheguei e lá estava ela; perfeita e perfeita, aqueles olhos maravilhosos, aquele corpo que me seduzia, aquela boca que me chamava, àquelas mãos que me acariciavam, aquele sorriso que me desnorteava.
Acordei e era 10 da manha! Olhei para o lado e vi meu “sentido” deitada em minha cama. Sorri como uma boba. Levantei e tratei de preparar um café na cama; comemos e conversamos como um casal, nos beijamos e beijamos, era tudo perfeito, mas logo teve que sair e foi ai que percebi que estava apaixonada.
Um mês se passou e nos já namorávamos, era um amor que me fazia tão bem, me completava, ver os jogos era minha paixão, eu já sabia até jogar!
Já ouviram dizer que a inveja mata? Pois Mata mesmo! Ela apareceu em casa chorando e gritando, dizendo que não esperava “isso” de mim e eu não entendia nada, ela nem quis se explicar, apenas jogou um envelope no chão e saiu correndo dizendo que tudo estava acabado; ela voltou e pensei que diria que era apenas brincadeira, mas só voltou para jogar a aliança em minha cara. Não liguei pra nada, apenas chorei, havia perdido o meu amor por uma coisa que eu nem sabia o que era; fiquei horas pensando no que podia ter acontecido e eu só chorava deitada no chão da sala. Levantei e fui atrás daquele envelope e quando abri não acreditei; era uma foto de mim beijando um homem; e fiquei surpresa com tão perfeita que era a foto, mas só eu sabia o quão ela era falsa!
Peguei sua aliança e sai correndo atrás para explicar tudo, mas perdi muito tempo chorando; quando cheguei onde treinava, não estava mais, tinha um jogo em outra cidade.
Eu não sabia o que fazer, pensei em esperá-la, mas e se arrumasse outra? Eu nem podia pensar nisso.
Tomei minha decisão e sai correndo para a rodoviária e não tinha mais passagens e o meu desespero só aumentava.
Corri de volta para casa e peguei meu carro e fui direto para a cidade vizinha, onde teria o jogo; quando cheguei o jogo já estava na metade, mas nada, nada iria me impedir de ter o meu “sentido” novamente. Fugindo dos seguranças entrei no campo e o jogo parou, todos me olhavam e o telão estava me mostrando; parei de correr e procurei por meu amor e não a encontrei, meu desespero aumentava! Procurei mais uma vez e a vi de longe me olhando com cara de espanto; corri até ela e apenas falei “Eu te amo, eu te amo, não acredite nessas pessoas maldosas, elas só querem o nosso mal, eu nunca, nunca faria isso contigo, volta pra mim, não sei viver sem você, não sei viver sem o meu “sentido”, você é tudo que tenho”. Chorando, ela me beijou e todos aplaudiram de pé. Hoje eu ainda estou com ela, indo aos seus jogos e torcendo por ela e hoje eu amo futebol, eu achei um “sentido” para amar e ninguém vai tirar esse amor de mim, perdendo ou não, ela será minha.
"Dedicado a Jey Vieira, que me inspirou nesse textinho, obrigada amor."

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Congelar.


Eu queria ter congelado aquele momento para não sofrer agora ou só para pensar no que estava fazendo. Fui envolvida pelas palavras, pelo momento romântico, acreditando em tudo que dizia, acreditando em que me amava. Mas não, você não me amava! Você não ama garotas como eu! Garotas que quando se apaixona se entrega de corpo e alma, você não ama garotas que fazem tudo por quem ama.
Você é daqueles que se faz de “garoto perfeito” ou “o genro que a sogra pediu”, mas que no fundo só quer curtir com todas e infelizmente eu faço parte desse grupo. Agora chefa de sofrer, eu serei a garota perfeita, a nora perfeita e vou sempre querer curtir com todos que amam realmente, que eram iguais a mim e eles também vão se revoltar e vão ser todos como você um dia foi porque agora você se cansou dessa vida e quer algo sério e está vendo que nenhuma deseja o mesmo, então meu rosto aparece em sua cabeça e você se lembra de como eu te amava, de como eu te queria e você vem correndo atrás de mim. E no final, eu acabo me apaixonando de novo, me rendendo aos seus beijos e abraços, aos seus carinhos, seus braços que tanto sentia falta, me entrego ao amor que tanto me carecia e percebo que só você me completa, só você me faz feliz. E então, você diz em meu ouvido, que se arrepende de tudo e que me ama; e eu queria ter congelado aquele momento, para nunca, nunca mais me ver novamente sem você.