quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O sorriso inocente! part. 6


Todos os dias eu via Lúcia, todos os dias íamos atrás da criança e nada dela, comecei a perder as esperanças, mas Lúcia as recuperava para mim. Em meu quarto, ficávamos horas conversando, rindo e brincando; ela falava tudo sobre ao seu respeito e eu contava todas as minhas historias de vida. Em um momento que ficamos em silêncio, o nosso primeiro encontro me veio na cabeça e tudo o que ela disse ecoava em minha cabeça; olhei para ela e ela me olhou sorrindo. Sorri de volta e a abracei, esqueci de minhas duvidas e fiquei a curtir aquele momento mágico. Lembro de uma vez que estávamos conversando e começamos a pensar em um nome para a criança, nenhum soava perfeito, mas então Lúcia disse “Samantha” e esse nome ficou. Duas semanas se passaram e eu me sentia feliz, me sentia completa ao lado de Lúcia, nunca havia me sentido tão amada, sem ela eu não saberia continuar vivendo. Um dia pensando em uma forma de nunca sair de seu lado, pensei em pedi-la em casamento, mas não sabia se era a coisa certa, só que quando eu a olhava, eu tinha certeza que era a coisa certa a se fazer. Em um sábado, estávamos andando pela praça que havia perto de casa, de mãos dadas conversamos alegremente, rindo e brincando o tempo todo; de vez em quando eu apertava meu bolso onde estava a aliança que eu havia comprado no mesmo dia de manhã. Sentamos em um campo lindo que tinha por ali e ficamos de frente uma pra outra e senti que aquele era o momento. Segurei suas mãos e apertei com carinho, olhei em seus olhos e disse tudo o que eu sentia, “Lúcia, você apareceu em minha vida e fez toda a diferença, não sei como soube da minha existência, não sei como ocorreu tudo isso, mas agradeço a Deus todos os dias por ter colocado você em minha vida, mesmo o modo sendo meio estranho, mas o que importa é que você apareceu e esta aqui comigo e não quero que nunca, nunca me abandone, porque eu sinto que sem você eu não seria nada, eu não saberia viver, eu voltaria ser uma pessoa sem amor, sem carácter, seria uma péssima pessoa novamente, porque você me mudou, mudou completamente e eu agradeço muito por isso e por te amar tanto, te querer tanto, eu não vejo outra maneira de tê-la sempre ao meu lado, eu não vejo outro jeito, o único jeito é... Lúcia, você quer casar comigo?”. Já quase chorando, peguei a aliança em meu bolso e mostrei para ela e fiquei esperando a resposta ansiosa. Ela me olhou e seu sorriso se desmanchou, soltou minha mão e fiquei me olhando com cara de espanto, ou indignada, olhou pra mim séria e disse “Eu não posso, não posso Nicolle, me desculpa, mas não dá... Eu... não quero’’. E ela levantou e saiu correndo, me deixando ali sem entender nada, deixando meu mundo desabar.

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